Golpe com QR Code fraudulento no sistema Bike Rio; entenda

Entenda como funciona a fraude que envolve a adulteração dos QR Codes, usados pelos usuários para desbloquear os veículos.

Divulgação/Itaú

Criminosos estão utilizando um método relativamente simples, mas engenhoso, para aplicar golpes no Bike Rio, o sistema de aluguel de bicicletas da cidade. A fraude envolve a adulteração dos QR Codes, usados pelos usuários para desbloquear os veículos.

O esquema começa com os golpistas colando um QR Code falso por cima do original em uma das bicicletas. Quando o usuário tenta desbloquear o veículo usando a câmera do celular e o aplicativo, ele, na verdade, libera outra bicicleta em um ponto de aluguel diferente, que fica à disposição dos criminosos “gratuitamente” e por tempo indeterminado.

Como funciona o golpe

Os consumidores que caem nesse golpe acabam pagando pelo aluguel, sem perceber que outra bicicleta, em outro local, está sendo usada pelos golpistas. Se o cliente não notar rapidamente no aplicativo que a bicicleta errada foi desbloqueada, ele pode ser cobrado por um período de uso mais longo, já que o veículo continua ativo, usado por terceiros.

Durante uma reportagem da TV Globo sobre o esquema, realizada na Tijuca, na Zona Norte do Rio, uma equipe encontrou um desses adesivos fraudulentos ao vivo. Como o QR Code falso imita o original, torna-se difícil identificar o golpe antes de tentar usar a bicicleta.

Investigação e solução em andamento

Até o momento, a Polícia Civil não registrou boletins de ocorrência, pois as bicicletas não são fisicamente roubadas, mas apenas utilizadas de forma indevida pelos criminosos.

A empresa responsável pelo Bike Rio já está ciente do golpe e trabalha em soluções para acabar com a fraude. Entre as alternativas estudadas, estão mecanismos que permitam que o QR Code expire após um determinado período ou seja inutilizado se removido da bicicleta original. Essas medidas visam impedir que o código seja usado de forma contínua pelos golpistas.

Essa fraude, apesar de não envolver o roubo direto das bicicletas, demonstra como a tecnologia, se não for devidamente protegida, pode ser explorada para causar prejuízos aos consumidores e ao sistema de mobilidade urbana da cidade.

Leia também: