Lula inaugura Rede Alyne no Rio de Janeiro

Um programa que assegure às gestantes uma gravidez tranquila e um parto saudável para a mãe e o bebê. Que esteja atento às desigualdades étnico-raciais e regionais e que, em última instância, seja capaz de reduzir a mortalidade materna, principalmente os óbitos observados em mães pretas, cujas taxas aumentaram consideravelmente nos últimos anos. Foi com…

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Um programa que assegure às gestantes uma gravidez tranquila e um parto saudável para a mãe e o bebê. Que esteja atento às desigualdades étnico-raciais e regionais e que, em última instância, seja capaz de reduzir a mortalidade materna, principalmente os óbitos observados em mães pretas, cujas taxas aumentaram consideravelmente nos últimos anos.

Foi com esse objetivo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta quinta-feira, 12 de setembro, em Belford Roxo, no Rio de Janeiro, da cerimônia de lançamento da Rede Alyne de cuidado integral a gestantes e bebês, além da inauguração do Hospital Milene Isabely Christovam, com foco na medicina infantil. O novo hospital conta em sua estrutura com 21 leitos, seis consultórios, dois centros cirúrgicos e espaços dedicados à criança, como brinquedoteca e sala colorida de assistência psicológica.

“A gente quer proteger a mulher e sua família. É por isso que a gente está fazendo esse programa chamado Rede Alyne. É para que as mulheres, quando ficarem grávidas, sejam tratadas com decência, sejam tratadas com respeito, não falte médico para fazer o pré-natal, não falte médico ou médica para fazer o tratamento que for necessário fazer, não falte a máquina necessária para fazer a imagem da criança”, ressaltou o presidente.

“Quando a gente cria um programa chamado Rede Alyne para diminuir a mortalidade materna, a mortalidade de mulher quando vai dar à luz, muitas vezes a gente (os homens) não tem a sensibilidade de saber o que a mulher sofre da gravidez até o parto, o risco que elas correm. Nós queremos criar um programa para que a gente possa fazer com que a mulher chegue saudável no médico e saia de lá, além de saudável, com uma criança muito bonita no seu colo”, continuou Lula.

O evento contou com a presença das ministras Nísia Trindade (Saúde) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos), da primeira-dama Janja, além do prefeito de Belford Roxo, Waguinho Carneiro, e parlamentares, entre outras autoridades.

O modelo da Rede Alyne, iniciativa do Governo Federal de atualização da Rede Cegonha, homenageia Alyne Pimentel, carioca, preta, de origem humilde, que morreu grávida de seis meses por desassistência no município de Belford Roxo em 2002. Por conta disso, o Brasil tornou-se o país do primeiro caso no mundo de uma condenação em corte internacional por morte materna evitável, reconhecida como violação de direitos humanos das mulheres a uma maternidade segura.

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