O Estado do Rio de Janeiro já contabiliza 760 queimadas desde o início de 2024, o maior número registrado nos últimos dez anos, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Só no mês de setembro, foram registrados 55 focos de incêndio. As consequências dessas queimadas são visíveis no horizonte, com uma densa fumaça de poluição que tem prejudicado a qualidade do ar.
Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a qualidade do ar no Rio de Janeiro está classificada entre moderada e ruim, e a situação tende a piorar com a falta de chuvas. A fumaça das queimadas, que se originam em regiões como a Amazônia e o Pantanal, chegou até o Rio, causando preocupação entre a população.
Apesar da previsão de que o céu deve ficar mais claro até o final de semana, o elemento essencial para a limpeza do ar — a chuva — está em falta em praticamente todo o Brasil.
“Hoje, podemos classificar a qualidade do ar do Rio de Janeiro como moderada, mas com a ausência de chuvas e as ondas de calor, a tendência é que essa situação piore”, alertou Vinicius de Oliveira, gerente de monitoramento ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
A situação no interior do estado também é crítica. Em Paraíba do Sul, um incêndio que começou na tarde de segunda-feira (9) ainda não foi totalmente controlado até esta terça-feira (10). Equipes do Corpo de Bombeiros e do Grupamento de Proteção Ambiental estão no local combatendo as chamas.
Já em Cabo Frio, o fogo se espalhou rapidamente e chegou a ameaçar áreas residenciais, levando pânico aos moradores da região.